Page 65 - Revista Digital - Eu pesquisador - 7º ano 2023
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Figura 1 – Aldeia Boa Vista
Fonte: Cristina Carletti
De acordo com a reportagem "Somos invisibilizados: Indígenas denunciam
preconceito nas cidades”, da UOL², na Semana do Índio, em uma escola, no Rio de Janeiro,
foi mostrada uma foto às crianças e um dos funcionários perguntou: “O que vocês acham?
São indígenas?”. A resposta foi “Não”. Logo depois, ele perguntou o porquê e as crianças
responderam: "Não estão pelados, não estão com arco e flecha e não estão na floresta, então,
não são indígenas".
Diversos indígenas que vão para áreas urbanas sofrem esta discriminação ligada às
suas vestes e ao uso de aparelhos eletrônicos. Isso é um grande problema, pois muitos deles
estão se mudando para as cidades e têm de se adaptar ao cotidiano e cultura locais.
Em relação às etnias da Amazônia, a Agência Brasil³ publicou uma reportagem
dizendo: “Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de
indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas
são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas em Manaus.
A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas, de diversas etnias, vivem
em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, miraña, dessana,
tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”,
informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.
Por vezes, o preconceito direcionado a esse grupo pode transformar-se em violência.
Um episódio ilustrativo disso aconteceu no ano de 1997, por volta das 5h30min da manhã.
Um grupo de adolescentes saiu de uma balada e avistou um indígena descansando em um