Page 65 - "Enganando a Morte - Contos de quem tentou fugir do destino", do 6º ano (2024)
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Então Gusta respondeu:
                — Senhora, ocê é muito boa! Eu desejo que toda vez que eu falar
            “chuva” comece a chover para eu conseguir molhar minhas plantas.
                A  senhora respondeu  que sim  com  a  cabeça,  estalou  os  dedos  e
            sumiu magicamente. Quando Gusta falou “chuva”, começou a chover.
            Ele ficou tão feliz que passou os outros dias muito animado.

                Dias depois, Gusta estava em casa descansando e começou a sentir
            um cheiro vindo da porta. Quando ele foi até a porta e abriu, o jovem
            deu um grito, pois era a Morte, toda de preto, usando um capuz e uma
            foice.

                Quando a Morte entrou na casa de Gusta, ela falou:
                — Os deuses do outro mundo decidiram que sua hora chegou e eu
            vim para te levar.

                Malasartes ficou muito nervoso e assustado, e disse:
                — Senhora Morte, eu aceito ir com ocê, mas realize o meu último
            desejo. Eu quero morrer na casa do meu primo Pedro, nóis é muito amigo
            e eu quero vê-lo pela última vez.
                 A Morte ficou com dó do garoto e aceitou sua proposta. Foi então
            que Gusta gritou:
                — CHUVA!!!!

                Começou uma chuva muito forte que alagou tudo, fazendo assim
            com que eles não conseguissem sair de casa.
                O que Malasartes não contava era que a Morte era uma feiticeira que
            tirou uma varinha do seu bolso e fez um barco usando um feitiço.
                Assim, a Morte levou Gusta até a casa de seu primo, ele deu um
            último abraço em Pedro, e, em seguida, infelizmente, o jovem bateu as
            botas.







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