Page 63 - "Enganando a Morte - Contos de quem tentou fugir do destino", do 6º ano (2024)
P. 63
faltavam algumas moedas. Então, pediu a ela que quem tocasse na
caixinha ficasse com as mãos presas. A menina aceitou e foi embora.
No dia seguinte, alguém estava batendo na porta de sua casa, e
quando abriu a porta, viu que era a Morte! Ela foi bem direta e já chegou
falando que estava na hora dele. E Juninho respondeu:
— Mas eu sou muito novo para bater as botas, posso perguntar uma
coisa antes?
A Morte não viu problema e então o deixou falar.
Ele perguntou se era verdade que todos os seus bens que pertenciam
a um morto iriam aos familiares, e ela respondeu que sim. Juninho falou
que poderia dar a caixinha de economias dele para a Morte, pois não tinha
nenhum familiar a quem dar. Ela ficou super feliz, porque ninguém nunca
tinha feito um ato desses, mas quando pegou o objeto, suas mãos ficaram
presas. A Morte ficou muito brava e falou:
— Seu trapaceiro! Me solte já daqui.
E ele respondeu:
— Só vou te soltar se você me der mais cem anos de vida.
A Morte pensou um pouco e só quebrou a caixinha na mesa, pois
era de vidro. Só se soltou e disse:
— Mais alguma pergunta?
Depois, o Juninho Trapaceiro foi dessa para uma melhor.
61