Page 249 - "Enganando a Morte - Contos de quem tentou fugir do destino", do 6º ano (2024)
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— Boa tarde, como ocê tá? Ocê pode me dizer onde nóis tá?
                De repente, com uma voz distorcida, falou o homem misterioso:

                — Estamos na sua mente, no seu subconsciente.
                Nessa hora, Fernando, perplexo, iria perguntar quem o homem era,
            porém, foi interrompido.
                — Eu sou a Morte. Venha, sua hora chegou - ela disse sacando uma
            foice.

                Fernando Malandro, então, começou a correr pelo vazio.
                No meio do vácuo, surgiu seu vilarejo, onde Fernando se escondeu
            atrás de uma grande pedra. Após a Morte o perder de vista, ela soltou
            uma risada distorcida e falou:
                — Apareça! Ninguém consegue fugir da Morte!

                Fernando Malandro analisou o espaço e viu uma luz na chaminé que
            tinha o tijolo que o atingiu. Ele, então, furtivamente entrou em sua casa,
            pegou uma cadeira, deixou sua roupa pendurada em casa e voltou para
            trás da pedra com a cadeira. Ele então gritou:

                — Ei, aqui em casa! Tô aqui!
                — A Morte então o viu, correu e entrou em sua casa, e o ceifou. Pelo
            menos ela achou, pois ela ceifou sua roupa pendurada.

                 Fernando,  então, trancou  a  porta  com  a  cadeira.  A  Morte  ficou
            tentando abrir a porta, e só depois percebeu que estava trancada. Ela,
            então, ceifou a porta. Quando viu, Fernando escalou a casa dos vizinhos
            e disse:

                — Se ninguém nunca escapou de ocê, eu vou ser o primeiro! - em
            seguida, entrou na chaminé.

                O menino, então, acordou no mundo real com uma grande cicatriz
            em sua cabeça.
                Fernando  Malandro  fugiu  da  Morte,  mas  será  que  por  muito
            tempo?…



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