Page 46 - Um garoto, uma banana e mais de cem malandragens - Contos populares - 6º ano 2021
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O menino e a banana


            POR LÍVIA MARIA DIAS DOS SANTOS



                Um dia, um humilde garoto chamado Pedrinho Malandro, o filho de
            Malasartes, um homem muito malandro, estava andando sem rumo por
            uma pequena cidade. Quando chegou no seu portão, havia um guarda
            olhando todos que entravam e saíam do lugar. O menino estava com
            muita fome e perdido. Depois de um tempo procurando algum lugar
            onde  pudesse  ficar,  achou  uma  pequena  feira,  com  várias  frutas  e
            verduras, muito bonitas e frescas.
                Pedrinho Malandro, muito feliz por ter achado comida, começou a
            andar pela feira à procura de algo para comer por um preço acessível. De
            repente, o humilde garoto avistou uma pequena barraca no fundo da
            feira,  muito  diferente  das  outras,  com  várias  frutas muito  cheirosas  e
            bonitas. Muito animado, chegou à barraca e começou a apreciar aquelas
            maravilhosas frutas, cada uma mais bonita que a outra.  O problema é
            que naquela barraca havia um feirante muito pão duro.
                - Tarde, meu senhor. Ocê pode me dizer qual é o preço dessas frutas?
            - disse Pedrinho Malandro.

                - As banana são dez reais, as maçã sete reais e a melancia vinte -
            respondeu o feirante, que parecia ser muito egoísta.

                - Meu senhor, eu não tenho nenhum tostão comigo. Ocê poderia me
            dar  só  uma  banana,  é  que  meu  estômago  já  tá  dando  hora  -  disse  o
            menino.
                - Num vô dá não! Vai pedí comida em outra barraca! - respondeu o
            feirante.
                 Na manhã seguinte, Pedrinho Malandro voltou à feira e resolveu
            enganar o feirante pão duro com uma mágica. Ele disse:
                - Bom dia, meu senhor! Hoje vim te mostrá uma mágica. Óia bem
            atentamente pra minha mão, tá?




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