Page 199 - Um garoto, uma banana e mais de cem malandragens - Contos populares - 6º ano 2021
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Joãozinho, o faminto por bananas


            POR SOFIA BERNAL GHOVATTO



                Numa terça- feira ensolarada, em uma fazenda, havia um pequeno
            menino, chamado Joãozinho, que estava à espera do homem que colhia
            bananas de sua fazenda. O colhedor chegou em sua casa para colher as
            bananas para a vizinhança, já que estava acostumado, pois nem João nem
            a sua mãe sabiam colher. Então, João teve a ideia de enganar o colhedor,
            para comer suas bananas, que era sua fruta preferida, já que sua mãe não
            deixava ele colher as bananinhas, pois era perigoso por causa de bichos
            que poderiam machucá-lo, entre diversos outros motivos. Ele também
            não podia comer mais de uma banana por dia, pois passava mal, e para
            não passar mal tinha que tomar um remédio extremamente caro, que só
            usava quando era necessário. Então falou ao colhedor:
                - Oh, senhor, hoje eu poderia entregar as bananas para a vizinhança?
            Estou sem nada para fazer mesmo!
                E o colhedor respondeu:
                - Ah pode sim, só vou acabar de colher todas as bananas!!

                Depois que o senhor colhedor terminou sua coleta, deu as bananas
            ao João para ele entregar à vizinhança.

                 Mas como o menino era esperto, entrou em sua casa rápido e pegou
            seu remédio. Já sabia que o trabalhador não conhecia muito bem o bairro,
            conhecia  somente  uma  parte  dele,  então  quando  foi  “entregar”  as
            bananas, foi correndo para casa de seu amigo. Como naquele bairro todo
            mundo se conhecia, ele não precisava avisar para seu amigo que iria em
            sua casa.  João já sabia que a casa de seu amigo era a parte que o colhedor
            não  conhecia,  e  que  lá  que  tinha  um  porão  para  se  esconder.  Ficou
            escondido no porão da casa de seu colega, até dar o horário do senhor
            colhedor ir embora. O trabalhador não tinha mais tempo para procurar
            o menino, sem jeito, teve que ir embora. A vizinhança não reclamou com
            o trabalhador, pois não tinha uma data certa de entrega, então no outro




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