Page 105 - Um garoto, uma banana e mais de cem malandragens - Contos populares - 6º ano 2021
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O menino malandro


            POR NINA HANASHIRO DE AQUINO



                Há  não  muito  tempo  atrás,  havia  um  menino  que  se  chamava
            Pedrinho, que era um menino órfão, muito malandro e que morava com
            o padeiro. Pedrinho, todos os dias já pela tarde, saía de casa para ir à feira
            enquanto o padeiro trabalhava, pois precisava convencer as pessoas que
            moravam por perto a irem à padaria, pois quanto mais clientes Pedrinho
            conseguisse para o padeiro, mais dinheiro ele conquistava. Poderia até se
            dizer que eles “trabalhavam” juntos.  No entanto, ele também roubava
            os  viajantes,  sorrateiramente,  sem  que  eles  percebessem  o  roubo  de
            imediato.
                Porém, naquele dia foi diferente. Pedrinho, como de costume, pela
            tarde saiu para fazer seu “trabalho”. A única diferença era que era um
            domingo, ou seja, final de semana. Os finais de semana eram os melhores
            dias de Pedrinho, pois haviam mais viajantes, portanto mais presas fáceis
            para serem suas vítimas.
                Já eram quase quatro horas da tarde e Pedrinho já havia roubado
            vários viajantes. Como já estava um pouco tarde, decidiu roubar só mais
            um  viajante  antes  de  ir  para  a  casa.  Depois  de  um  tempo  apenas
            observando,  escolheu  o  viajante  perfeito  e,  quando  estava  se
            aproximando sorrateiramente, o viajante o puxou pelo braço, para uma
            casa. Pedrinho, já assustado, perguntou ao viajante o que ele queria dele,
            e o senhor respondeu:

                - Já estou lhe observando há um bom tempo e vi que desejava me
            roubar, por conta disso o impedi e o trouxe para este local.
                O garoto pensou em um plano: “Já sei, vou falar que eu sou um
            mago e tudo aquilo estava fazendo para testar meus poderes”.
                Dito e feito e, para a sorte de Pedrinho, o viajante acreditou, porém
            queria que o menino demonstrasse. Então, Pedrinho pegou seu chapéu e
            tirou uma banana.




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