Page 52 - Revista Digital - Eu pesquisador - 7º ano 2023
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De acordo com os dados apurados, 77% da população quilombola vive em áreas rurais
e 70% da população vive na pobreza, com altos índices de analfabetismo, além da baixa
escolarização, que também é predominante.
Os quilombolas conseguiram suas terras, porém ainda precisavam se autossustentar.
Na maior parte do século XIX, a comunidade conseguiu viver tranquilamente com a caça, a
pesca, a agricultura e o extrativismo. Hoje em dia, a maioria dos quilombos não realiza mais
a caça nem a retirada de frutos e folhas locais.
No Quilombo do Campinho, por exemplo, em 1994, foi criada a Associação de
Moradores do Quilombo do Campinho (AMOQC), que trouxe o trabalho coletivo, junto a ele,
como: restaurantes, artesanatos, agricultura, pesca, entre outros, que são voltados para a
sustentabilidade e geração de renda.
Figura 1 - Restaurante do Quilombo do Campinho.
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Fonte: Blog de Paraty 1
Durante 1960 e 1970, os habitantes desse quilombo sofreram uma acirrada disputa de
suas terras, com os grileiros. O termo grileiro existe, pois estes invasores de terra utilizavam
grilos para envelhecer documentos falsos, assim eles ficavam similares aos verdadeiros.
Dessa forma, conquistaram posse de terras ilegalmente .
1 https://paraty.com.br/blog/quilombo-do-campinho/