Page 37 - "Enganando a Morte - Contos de quem tentou fugir do destino", do 6º ano (2024)
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— Uai, onde eu vim pará?
Ele via espíritos na água, e com medo nadou até o fim do lago, o
qual terminava em um castelo gigante e medonho.
No castelo, ele viu a Morte em seu trono.
— Olá, o que queres aqui no meu reino e como veio parar aqui? -
disse a Morte.
Tremendo de medo, Zeca Malandrinho gaguejou:
— Éé é q-que e eu preciso de a-ajuda.
Assim, no meio da conversa chegou um mago que era o servo da
rainha. Ele fazia poções, como a da imortalidade e outras.
O tal do malandro teve uma ideia: ajudar a Morte e depois engana-
lá. Assim, foi ao senhor mago e lhe disse:
— Oi, sinhor mago, o sinhor teria cinco minutin pá mim?
— Claro, meu jovem, o que você quer?
— É que eu preciso vortá lá pra cima. O sinhor me ajuda?
— Ah, quase me esqueci, a Morte te fez um desafio, eu te levo até
ela e leve a poção da imortalidade.
— Chegando lá na hora do tal desafio, os dois ficaram horas, e o
homem, sem o mago perceber, pegou a poção da imortalidade e falou.
— Vamos descer, porque acho que a Morte errou a hora. Então, na
hora certa, o malandrinho derrubou o mago e ficou com a poção. Porém,
a Morte chegou e viu o pote e o pegou.
Voltando ao palácio, abriu o pote e viu que era água.
Com imortalidade, os anos se passaram, e Zeca certo dia viu um
velho que o chamou para sua casa e se transformou novamente. Assim
ela o matou.
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