Page 177 - "Enganando a Morte - Contos de quem tentou fugir do destino", do 6º ano (2024)
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— Não posso, meu caro amigo, pois estou viajando pelo país inteiro
vendendo minhas mercadorias, mas por sua hospitalidade lhe darei esse
colar brilhante.
Então, o viajante foi embora. Depois de algumas horas, a esposa do
Zé Antônio chegou do seu trabalho de costureira na sua oficina de
costura. Acordando o Zé Antônio, perguntou:
— Quem é esse cara de preto que tá batendo na nossa porta?
Zé Antônio, por curiosidade, abriu a porta. A pessoa misteriosa
chegou e falou:
— Chegou a sua hora!
Zé Antonio respondeu:
— Hora de quê?
A pessoa misteriosa respondeu:
— Achei que tava claro, eu sou a Morte e vim te buscar.
Zé respondeu:
— Entendi, mas eu tenho tanta vida pela frente, tenha piedade, só
me deixe conversar com minha esposa uma última vez, e se você deixar
lhe darei um presente daqui a dois dias.
A Morte aceitou a proposta, pois não podia recusar o último pedido
das pessoas. Ela foi embora. Zé Antônio conversou com a esposa dele.
Os dois pensaram em um plano de colocar o colar brilhante junto com
um manto, que fizeram com materiais que refletem a luz, e falar que o
manto era mágico e faria a Morte brilhar, mas ela teria que deixar Zé
Antônio e sua esposa viverem, pois o manto seria menos forte sem os
dois vivos. Então se passaram os dois dias. Zé Antônio e sua esposa
explicaram para a Morte o trato e ela aceitou. Depois usou o manto e
adorou.
Três meses depois, a Morte percebeu que foi enganada, pois a pilha
do colar fajuto falhou, então foi para a casa de Zé Antônio e terminou o
serviço.
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