Page 84 - Um garoto, uma banana e mais de cem malandragens - Contos populares - 6º ano 2021
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O pó mágico


            POR ISADORA SIA FUKUGAUTI



                Num belo dia, Paulo e seus irmãos estavam na rua, enquanto o seu
            irmão mais velho estava cuidando das compras para casa. Ele e seu irmão
            mais novo esperavam na calçada, perto de uma padaria, quando ouviram
            a conversa do padeiro com o açougueiro.

                - Meu caro amigo! Ouvi dizer que lá na rua José Carlos tem uma casa
            que tem um pé de banana, dizem que é a melhor da cidade. Eu já tentei
            pegar um cacho de banana, mas nunca consegui. Naquela casa mora um
            velho ranzinza, que tem um rei na barriga - disse o padeiro.

                Na hora, Paulo percebeu que o velho que eles estavam falando era o
            vizinho dele. Passou um tempo e o irmão mais velho já tinha acabado de
            fazer as compras. Enquanto eles estavam indo para casa, Paulo havia
            falado sobre a conversa que ele ouviu e falou que iria conseguir ser o
            jardineiro do vizinho e ia conseguir a melhor banana que já comeu. O
            irmão, na hora, falou que era impossível ele conseguir aquilo, então eles
            apostaram  que  quem  ganhasse  teria  que  fazer  as  tarefas  de  casa  do
            ganhador. Paulo pegou as roupas do pai, foi à casa do vizinho e disse.

                - Olá, senhor! Venho aqui te vender um produto mágico, que você
            vai jogar na sua grama e ela será toda cortada. Você joga na sua grama e
            depois de dois dias ela desaparece, gostaria? Vendo por cinquenta reais.
                - Ocê não é muito novo para vender essas coisas não? - disse o velho.
                - Não! Tô quase fazendo trinta e dois anos - disse Paulo.

                - Ok, eu gostaria do seu produto, mas cinquenta reais, tu quer me
            falir - falou o velho.

                - Óia, como é sua primeira compra eu vou fazer por trinta, fechado!?
            - disse Paulo.
                - Ok, como eu vou viajar mesmo amanhã, vai ser rapidinho, nem
            vou ficar ansioso.



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