Page 6 - Um garoto, uma banana e mais de cem malandragens - Contos populares - 6º ano 2021
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A partir da cena retratada na obra, os alunos soltaram sua imaginação
            e criaram suas narrativas. Além, de claro, inspirarem-se em Malasartes e
            suas artimanhas. Não se espantem se encontrarem nas histórias deste
            livro algumas figuras que lhes lembrem desse malandro do imaginário
            brasileiro ou até mesmo algum parente dele. Afinal de contas, esta é a
            magia dos contos populares: eles são recriados e tornam a nascer nas
            vozes e mãos de cada novo narrador.

                Este  livro  reúne,  então,  o  resultado  do  trabalho  desenvolvido,
            publicando mais de cem contos autorais dos estudantes do sexto ano.
            Não  foi  tarefa  simples  para  esses  pequenos  autores  desenvolver  a
            habilidade de iniciar, sustentar e concluir uma narrativa em torno de um
            conflito. A produção textual de um conto é um processo longo, que nasce
            na fruição da leitura do gênero textual em questão para então seguir ao
            momento da escrita autoral. Escrita esta que passou por três fases:  o
            planejamento do texto, a escrita da 1ª versão do conto e, finalmente, a
            escrita da 2ª versão, que é aquela que vocês encontrarão nesta publicação.
                Destaco que, mesmo passando por três etapas de revisão, estamos
            nos  referindo  a  crianças  em  fase  de  desenvolvimento  da  escrita;  as
            professoras fazem sugestões de correções, mas, ainda assim, é comum
            que haja desvios relacionados à etapa de maturidade escritora dos alunos.
            Ressalto, ainda, que, por se tratarem de contos populares brasileiros, faz
            parte do gênero textual a presença de incorreções gramaticais nas falas
            dos  personagens  como  marcas  de  sua  oralidade,  ou  seja,  como
            representação da fala e do sotaque. Esses desvios são intencionais, fazem
            parte da proposta e revelam a proficiência do aluno em oscilar entre a
            variedade linguística diferente da norma-padrão nas falas de personagens
            e o emprego da norma nas passagens do narrador.
                A professora Aina e eu agradecemos a toda a equipe do Colégio
            Santa Clara por alicerçar este trabalho, e, principalmente, agradecemos
            aos  alunos  e  alunas  por  darem  vida  ao  projeto.  Somos  gratas  pelo
            privilégio  de  termos  mediado  o  processo  de  escrita  de  jovens  tão
            especiais, que marcaram nossas trajetórias como professoras. Esperamos
            que esta publicação os incentive a sempre serem autores de  inúmeras
            histórias e protagonistas de suas vidas.                                                  ◼
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