Page 35 - Um garoto, uma banana e mais de cem malandragens - Contos populares - 6º ano 2021
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Homem pago e enganado


            POR DANILO PAVANI PASSOS



                Há um  tempo,  em  Araraquara,  havia  uma  família muito  humilde
            vivendo de sobras de carne e plantações do seu vizinho. Ele desperdiçava
            bastante  alimento,  e  com  situações  precárias  de  dinheiro,  a  família
            aproveitava estes restos. Como os habitantes daquela região viviam numa
            área  rural,  tinham  fácil  acesso  a  esses  alimentos,  mas  a  família  não
            produzia alimentos em sua fazenda. Nessa família tinha uma mãe e um
            filho, pois seu  pai  havia  falecido.  O  filho, Daniel  Pilandroca,  passava
            fome, pois sua mãe não o tratava bem. Uma vez, um moço bateu na porta
            deles, falando assim:
                - Bom dia senhora, você está devendo uma quantia de seu aluguel,
            se você não pagar até semana que vem, você terá que se retirar de sua
            casa.
                A mãe, que morava naquele recanto, ficou indignada, e logo pediu
            para que seu filho fosse até a feira comprar dois cachos de bananas e se
            o filho trouxesse as bananas, a mãe não iria descontar sua decepção do
            aluguel em cima do menino.

                Quando o menino chegou à feira, pediu ao mercador dois cachos de
            banana. Quando o comerciante viu que era uma criança, logo subiu muito
            o preço da mercadoria, mas Daniel estava com o dinheiro contado para
            comprar o alimento, e não era tão inocente. Logo disse:
                - Moço, na feira do lado está vendendo uns potes de tinta rosa, que
            são mágicos, quando você o pega, tu realizas três desejos.

                - Ah é moleque, vou lá pegar para mim!
                Neste  tempo,  rapidamente,  o  menino  pegou  os  dois  cachos  de
            banana e o dinheiro do caixa do homem e meteu-lhe o pé.
                No dia seguinte, o menino voltou lá e falou para o mercador que
            para ele realizar seus desejos, ele tinha que pintar o cabelo com a tinta




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