Page 218 - Um garoto, uma banana e mais de cem malandragens - Contos populares - 6º ano 2021
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O tesouro “sagrado”


            POR BERNARDO CALIXTO L’ABBATE CARNEIRO DA FONTE


                Vou contar a história de um garoto chamado Jonas, que morava no
            sertão de uma cidade de Minas Gerais. Normalmente, a rua dele era bem
            tranquila, com alguns bichos sempre passando. Ninguém nunca foi com
            a cara do Jonas, pois ele tinha uma fama de ser malandro pelo bairro e
            nenhuma mãe deixava os filhos brincarem com ele, então, em geral, ele
            ficava fazendo alguma maluquice sozinho.
                Em uma terça-feira, ele estava em sua casa, quando começou a ouvir
            algum barulho no vizinho, que parecia ser de alguma coisa se abrindo.
            Ele não deu muita importância, até que escutou, de um senhor, uma lenda
            de que o vizinho guardava uma grande quantia de moedas de ouro em
            um velho baú no porão.
                No dia seguinte, ele ficou horas pensando como podia entrar lá e
            pegar todas as moedas. João tentou várias vezes até que ele conseguiu
            encontrar um jeito de entrar no porão. Quando isso aconteceu, ele ficou
            muitos minutos procurando até achar o baú onde estavam as moedas.
            Mas, para sua decepção, ao abrir o baú, viu que lá dentro só havia fotos
            da família, naquele tempo já falecida, do vizinho. Então, ele pegou um
            saquinho, que tinha algumas pedrinhas de estilingue, ao lado do baú.
                Logo depois, quando o garoto estava saindo da casa, deu de cara
            com o velho chegando. Tentando disfarçar o que havia feito, falou que
            tinha chutado uma bola que havia caído dentro da casa do senhor. O
            vizinho acreditou e o menino abriu o saquinho para jogar as pedras nas
            árvores. Quando olhou bem, percebeu que não eram pedrinhas, eram
            pepitas de ouro.
                Alguns dias depois, ele se mudou para a capital do estado com toda
            a sua família e nunca mais viram o velho e nem a antiga cidade.








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